sábado, 25 de abril de 2015

Onde estava o Rei no 25 de Abril?

deixo excertos deste excelente artigo do blog Família Real Portuguesa, vale a pena ler na íntegra 

"Na manhã de 25, telefona-me a dar a notícia dizendo “boas notícias: a sua revolução ganhou”. Eu tinha-lhe dito que provavelmente um grupo de militares patriotas, como Spínola, Silvério Marques, Galvão de Melo, iriam provavelmente mudar a situação em Portugal. Daí o senhor pensar que eu estava dentro do movimento!" ; "O que de positivo trouxe o 25 de Abril? Obviamente, as novas liberdades políticas que a II República nunca tinha aceitado foram um dado altamente positivo. Mas a participação cívica dos portugueses na construção do nosso futuro ainda está muito longe do que deveria ser, apesar de já terem passado quase 40 anos."; "O que mudou na sua vida pessoal? Passei a ter a possibilidade de transmitir as minhas opiniões políticas nos meios de comunicação, quando antigamente só o semanário monárquico O Debate é que me entrevistava. Por outro lado, a angustiante situação que se começou a viver nos antigos territórios ultramarinos, assim como o facto de o COPCON (Comando Operacional do Continente) ter invadido o meu escritório, também me marcaram bastante. A partir de certa altura, passei a dormir fora de casa." ; "Ainda faz sentido falar nos ideais de Abril? Os ideais de liberdade e progresso e etc. fazem todo o sentido continuar a ser defendidos. As utopias políticas e económicas que contribuíram para o Estado entrar em falência fraudulenta é que fazem menos sentido." ; "Eu tenho defendido a necessidade de uma revolução cultural e moral. Cultural, para que consigamos perceber que os responsáveis do drama que vivemos somos nós próprios. Por ignorância e por falta de raciocínio lógico, tomámos decisões económicas e políticas erradas. Moral, porque a imoralidade, causa da corrupção, é o principal factor do deficit das contas públicas. Uma entidade internacional especialista nos problemas da corrupção calculou que se esta tivesse sido controlada Portugal estaria hoje ao nível económico da Dinamarca. Com uma eexcepção que acaba por confirmar a regra, nos países europeus onde a chefia de Estado é independente, nomeadamente onde é assumida por reis e rainhas, os desvios dos governos têm sido melhor controlados."

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