sexta-feira, 26 de março de 2021

Racismo e Escravatura em Portugal


"Ai a escravatura foi sempre errada!"... Foi. "Se a escravatura foi sempre errada, quem escravizava sempre soube que fazia mal!". Não. 

Este é o grande problema quando os "putos" (sim, eu sei que há adultos e até doutores com a mesma opinião) de hoje analisam e comentam a escravatura. Não, na percepção da época a escravatura não era errada. Na percepção da época os negros eram animais, como os burros ou qualquer outro animal que se usava para o trabalho. Os primeiros negros que os portugueses viram estavam nus, viviam em barracas, conheciam o fogo, mas nem a roda tinham, e faziam gestos e sons que os homens brancos da altura associaram mais a macados que a pessoas. Esta foi a percepção da época, e enquanto não nos permitirmos falar disto desta forma, sem começarmos logo a gritar que quem o afirma hoje é racista, nunca poderemos ter uma conversa séria sobre escravatura. Ela aconteceu, faz parte da nossa história e a história não se muda, aceita-se e compreende e não se repetem os erros.

Quando voltaram das primeiras aventuras pelas Costas de África, os navegadores trouxeram diversos animais curiosos que os europeus nunca tinham visto, entre eles o selvagem negro. Esta era a percepção da época. Quando chegámos à costa Este de África, deparámos com um grande comércio de Escravos já estabelecido pelos Árabes, porque os árabes escravizavam tudo o que mexia, nisso não eram racistas sobre quem acorrentavam, ainda hoje o fazem. E os europeus, vendo que os "selvagens" estavam a ser escravizados, entraram no negócio. Com o tempo, aqueles "Selvagens", os que chegaram aos nossos países, acorrentados, forçados, com o espírito destruído, começaram a ter comportamentos cada vez menos "selvagens", aprenderam as línguas desses países, a religião e a consciência colectiva sobre os "selvagens" começou a mudar. passámos a ver pessoas neles, pessoas diferentes, mas pessoas e surgiram os movimentos abolicionistas. Porque houve consciência, porque a percepção mudou, porque se percebeu que não eram animais e sim pessoas que ali estavam, pessoas diferentes, mas pessoas, com uma alma, sentimentos... com personalidade.

O problema quando analisamos comportamentos bárbaros de uns seres humanos relativamente a outros, ainda hoje em dia, é não conseguirmos aceitar que existem percepções diferentes da realidade. 

Ainda hoje, quando se analisa os actos bárbaros dos extremistas muçulmanos, não percebemos que eles não estão mesmo a ver nada de errado no que fazem. Para eles, o que eles estão a fazer é o correcto, nós é que estamos errados. É nisto que erramos ao analisar estas questões, porque enquanto não percebermos que a mente deles pensa de maneira diferente da nossa, não nos vamos salvaguardar da forma que deveríamos, não vamos abordar o tema da forma como deveríamos nem vamos encontrar qualquer solução.

Mas voltando ao tema escravatura e descobertas. Enquanto aceitarmos discursos como os da Joacine, de ódio ao português actual, de nos meter ao mesmo nível dos portugueses que andaram pelos descobrimentos e enfiaram escravos em barcos, sem perceber que a percepção da época era completamente diferente da actual, sem perceber que o português de hoje, conhecendo o que se passou, sabe que foi errado, mas nada mais pode fazer para o mudar, não vamos encontrar paz social entre negros e brancos. Porque o branco de hoje já não tem, há séculos, a percepção sobre o negro que a Joacine ainda acha que tem. Compreendo que uma menina que foi enfiada num internato de uma IPSS, para onde vão aqueles jovens cheios de problemas, tenha sido vítima de abusos muito traumatizantes, mas não percebo que essa mesma menina ainda não tenha olhado para o país que a tornou doutora e deputada e visto que nem todos somos miúdos de uma IPSS. Nem compreendo que essa mesma menina não entenda que, há muito muito tempo, os portugueses na generalidade não catalogam as pessoas por tom. Nem compreendo que essa menina não perceba que afirmar que na generalidade os portugueses não são racistas, não é o mesmo que afirmar que "não existem racistas em Portugal"... existem infelizmente demasiados (1 era demasiado) e um deles é ela própria... gostava de a ver crescer, respirar fundo, e largar o ódio que sente. Porque um mundo sem ódio era muito melhor. 

1 comentário:

  1. O EUROPEU REMANESCENTE DO ESCLAVAGISMO PRETENDE INSTALAR-SE COMO CIDADÃO DE ROMA NO PLANETA.
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    --->>> Urge um movimento pan-europeu de liberdade/distância/SEPARATISMO em relação aos europeus remanescentes do esclavagismo.
    (separatismo-50-50)
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    Ora, de facto, a monumental hipocrisia do europeu remanescente do esclavagismo (o europeu do sistema XX-XXI) vive... da cobardia Identitária em reivindicar liberdade/distância/SEPARATISMO.
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    Adiante, o europeu remanescente do esclavagismo, para além de projectar uma economia de índole esclavagista (partem do pressuposto de que existem outros como fornecedores de abundância de mão-de -obra servil)... não gosta de trabalhar para a sustentabilidade (em vez de trabalhar para a sustentabilidade):
    1) querem é estar na gestão na atribuição da nacionalidade;
    2) querem é estar na gestão da atribuição de vistos de trabalho.
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    Mais, ele procura implementar uma censura pró-neoesclavagismo:
    --- trabalhadores que protestem afirmando o óbvio [« num planeta aonde mais de 80% da riqueza está nas mãos dos mais ricos, que representam apenas 1% da população, quem deve pagar a ajuda aos povos mais pobres é a Taxa-Tobin, e não a degradação das condições de trabalho da mão-de-obra servil de outros povos »] devem ser considerados racistas... e... o seu discurso deve ser banido da internet.
    - etc.
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    MAIS;
    -> O europeu remanescente do esclavagismo, mafiosamente, procura branquear o seu cidadanismo de Roma no planeta através... do branqueamento/institunacionalização do mais velho discurso de ódio da História: o ódio tiques-dos-impérios.
    Imbuídos por tiques-dos-impérios, estes boys e girls europeus do sistema:
    1- não podem ver um povo autóctone dotado da liberdade de, no SEU espaço, prosperar ao seu ritmo;
    2- procuram pretextos para negar o Direito à Sobrevivência de outros... nomeadamente... o Direito à existência de autóctones no seu espaço.
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    [estes boys e girls do sistema XX-XXI são da mesma laia dos hitlerianos: o problema dos hitlerianos não era identitário, mas sim, tiques-dos-impérios: não aceitavam a existência de outros...]
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    E MAIS;
    O europeu do sistema XX-XXI procura usar o nacionalista como idiota útil para todo o serviço; o nacionalista:
    - ora é repudiado...
    - ora (como o nacionalista-esclavagista foi um traidor do ideal identitário:'''ter o SEU espaço, prosperar ao seu ritmo''') querem que a actuação do nacionalista-esclavagista seja considerada uma herança, um legado, universalista/multiculturalista!?!
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    O nacionalista-esclavagista (os reis e nobreza incluídos, venderam-se a interesses económicos....) FOI UM TRAIDOR DO IDEAL IDENTITÁRIO que esteve na origem da nacionalidade ['''ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo'''];
    - para ele a nacionalidade foi, tão somente, uma oportunidade de negociatas... nomeadamente, negociatas de índole esclavagista: 
    i) o nacionalista-esclavagista (ex: construtores de caravelas) argumentava «a nossa economia necessita de abundância de mão-de-obra servil» (nomeadamente, escravos);
    ii) o europeu do sistema-XX-XXI é mais do mesmo: ele argumenta «a nossa economia necessita de abundância de mão-de-obra servil» (nomeadamente, imigrantes)
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    SEPARATISMO NA EUROPA:
    -->> IDENTITÁRIOS versus CIDADÃOS DE ROMA
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    Identitário não sejas cobarde:
    - isto é, diz NÃO a uma economia de índole esclavagista (ou seja, partir do pressuposto de que existem outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil);
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    Leia-se: reivindica Liberdade/Distância/Separatismo em relação ao europeu do sistema-XX-XXI.
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    SEPARATISMO-50-50
    Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta -» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
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    obs: os 'globalization-lovers', UE-lovers, etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
    -»»» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/.

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