sexta-feira, 16 de julho de 2010

Da Monarquia Constitucional para a ditadura republicana

Na grande maioria dos países que deixaram de ser Monarquias, no final do século XIX e início do Século XX, para passarem a ser repúblicas com a desculpa do "a república é mais democrática", o que sucedeu foi quase sempre o mesmo. As monarquias tinham passado, há pouco tempo e adaptando-se a novos tempos, a ser monarquias constituicionais democráticas e, aproveitando a "onda demoncrática" os republicanos deitaram abaixo as monarquias (cada país com o seu diferente "golpe") e, pouco depois, países que eram já democráticos caíram em graves ditaduras. Só falando na Europa temos os exemplos de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Roménia, Jugoslávia, Hungria, Polónia, Grécia, União Soviética, Letónia, Lituânia, Bulgária...

Foi esta a consequência das Repúblicas e todos estes países sofreram (ou sofrem, na sua maioria), as consequências da decisão errada de terminar com a Monarquia. Já, por exemplo, o Reino Unido, nunca passou por uma ditadura a partir do momento em que a Monarquia se tornou constitucional democrática e, nunca o fez, porque nunca abandonou esse caminho da democracia sendo hoje a mais antiga democracia existente no mundo. Acho que isso diz tudo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Repúblicas no Mundo (Parte I - Portugal e Espanha)

Portugal

República desde 1910 (100 anos):

Tivemos 19 Presidentes da República (e todos os custos a eles associados, incluido as pensões vitalícias). Se tivessemos mantido a monarquia teríamos tido 3 reis...

Existiram 72 governos em apenas 100 anos.

Entre 1910 e 1926 viveu-se um grande clima de violência, "silenciamento" (pela morte) e ocupação pela força.

De 1926 a 1974 - Ditadura

1974 - 2010 - Democracia

Estamos a viver em democracia há apenas 36 anos (antes da imposição da república vivemos mais de 70 anos de democracia através de Monarquia Constitucional Democrática (o tipo de monarquia que passou a ser aceite e vigente nos países monárquicos Europeus que a possuiam e nos actuais). Ou seja, se tivessemos mantido a monarquia havia a possibilidade de já vivermos em democracia há mais de 170 anos e talvez os portugueses hoje fossem mais respeitadores das suas tradições, tivessem maior qualidade de vida (à semelhança dos países que sempre se mantiveram monarquias (Holanda, Suécia, Reino Unido...) mas nunca o saberemos porque com a república veio a ditadura e com ela o "rebaixar" do espírito, o desrespeito, a violência, o "chico-espertismo".

Espanha


Primeira República Espanhola:

de 11 de fevereiro de 1873 até 29 de dezembro de 1874

foi uma experiência curta, caracterizada pela profunda instabilidade política e social e a violência. A República foi governada por quatro presidentes diferentes até que, apenas onze meses depois da sua proclamação, o general Pavia deu um golpe de estado e foi instaurada uma república unitária presidida por Francisco Serrano Domínguez. Durante este pequeno período de 11 meses ocorreram 3 gerras civis simultâneas

Segunda República Espanhola:

De 1931 a 1939

A Segunda República Espanhola foi proclamada a 14 de Abril de 1931 na sequência da vitória republicana nas eleições municipais, tendo como primeiro presidente Niceto Alcalá Zamora.
Foi marcada pela perseguição religiosa. Com a queima de conventos, o saque a ordens religiosas, a exitinçao das mesmas e o assassinato de dezenas de religiosos. E por mais uma guerra civil, entre 1936 e 1939.

Franquismo:

1939 - 1975 - Ditadura
começou quando Francisco Franco se auto-proclamou caudilho da Espanha ao vencer a Guerra Civil Espanhola em 1939, e acabou com sua morte em 1975. Nos anos 40, o franquismo praticou uma forte repressão política dos perdedores da guerra.
Em 1969, Juan Carlos foi nomeado príncipe. Ainda com a monarquia estabelecida, Franco continuou o seu regime ditaturial, como chefe de governo até 1975, ano da sua morte.

1975 - 2010 - Democracia (Em Monarquia)
Em 1975 o Rei Juan Carlos confirmou Arias Navarro no cargo de Presidente do Governo, mas pediu a sua demissão em 1976. Neste mesmo ano foi aprovado o Referendo sobre a Lei para a Reforma Política e, como consequência desta aprovação, foram realizadas as primeiras eleições democráticas, em 15 de junho de 1977. Nas eleições triunfa a União de Centro Democrático (UCD), partido dirigido por Adolfo Suárez. Em 1978 aprova-se uma constituição democrática mediante referendo.
Hoje em dia, de acordo com sondagens realizadas em 2005 23,5% da população declara-se republicana, sendo que o motivo principal para defenderem este regime é o facto de pensarem (erradamente como já várias vezes foi exposto) que a monarquia sai mais cara do que a república... Apesar disto 80% dos Espanhóis apoia que o Rei D. Juan Carlos é imnprescindível para a democracia e que o Principe Felipe está bem preparado para continuar o bom trabalho do pai.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Porque é que não explicam? (III)

Que antes da república tivemos 84 anos de democracia, vivendo em Monarquia Constitucional Democrática, e após a imposição da república tivemos 64 anos de ditadura e estes últimos 36 de (de quê? o que é isto que vivemos, a sério? alguém me explique).





(sem mencionar que poucos foram os reis, nos nossos 800 anos de monarquia, que foram realmente absolutistas... mas outros tempos, outras mentalidades. Não se pode comparar por aí).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Porque é que não explicam? (II)

Que a primeira república, depois de se impôr, perseguiu, matou e calou milhares de opositiores do regime?

domingo, 4 de julho de 2010

Porque é que não explicam? (I)

Porque é que não explicam que a República não foi implantada, foi imposta?

Família e valores


Para mim, e gostava de acreditar que para a maioria das pessoas, a família é a minha prioridade. É, pela família, que me esforço, que trabalho, que vivo. Os pequenos prazeres da vida são, normalmente, as alegrias em família. Os momentos que passamos juntos sem outras preocupações e os sucessos que cada um de nós alcança.

FAMÍLIA

É uma palavra que significa aqueles que amamos, aqueles por quem lutamos. Significa por vezes, também, aqueles que nos aborrecem e nos angustiam, mas fazem parte da família e são aceites por isso mesmo, com todos os seus defeitos e qualidades.

Quando um membro da família tem problemas, todos os restantes se envolvem para o resolver da melhor forma. Cada família orienta-se de formas diferentes. Umas são patriarcas outras matriarcas. Em família normalmente vive-se em democracia e, pai e mãe, tentam, da melhor forma possível, dar o que podem aos filhos, orientá-los para que tenham sucesso na vida, tentando dar o exemplo, porque o exemplo vem de cima e os pais são os simbolos que os filhos seguem.

É desta forma que encaro também a família real. Encaro-a como se fosse a família de todos nós, que nos dá o exemplo que tem valores e nos dá valores, sendo o símbolo que precisamos para orientar a nossa vida. As famílias reais dos país que, inteligentemente, são monarquias são os símbolos, as orientações e o exemplo. Quando, em Espanha, foi anunciada a crise, o Rei deu o exemplo pedindo para que diminuam o orçamento da família real. As princesas e rainha passaram a aparecer em várias cerimónias com vestidos repetidos, porque, a obtenção de novos bens materiais, numa altura de crise, não são a prioridade, e é esse o exemplo que os membros da família devem dar.

Em Portugal, nesta república, aconteceu o contrário. A crise é anunciada mas não se desisitiu dos projectos de esbanjamento, dando o exemplo ao país que, se o estado pode endividar-se nesta altura porque temos de ser nós a privar-nos de novas coisas? E estado deu ainda o exemplo de trocar a frota de carros por BMW topo de gama dando, novamente, o exemplo que se pode gastar em altura de crise e fazendo com que todo e cada um dos portugueses, em vez de unirem esforços para tentar sair da crise, tentem um "salve-se quem puder" que seja "cada um por si", aumentando, através desta crise de valores que se vem agravando desde há 100 anos, a crise financeira. Esta crise de valores que está instauranda há muito tempo e vem aumentando e, sem uma mudança de governo, não me parece que consigamos sair dela porque, enquanto não tivermos como representante máximo de Portugal, uma família da qual conheçamos as origens, que conheçamos desde nascença, cujos valores saibamos quais são e nos sejam transmitidos também a nós, enquanto continuarmos a ter como representantes máximos, pessoas que não conhecemos de lado nenhum, que se servem do país e deixam crescer nele a corrupção e os jogos de interesse, não vamos conseguir sair desta crise. Porque quando não se tem valores fica-se mais pobre em todos os aspectos.

Não sei, porque não vivo, infelizmente, numa monarquia, mas aposto que, se tivessemos família real, seriam também eles (à semelhança do que acontece nos países monárquicos da Europa) a dar o exemplo de "apertar o cinto" para que todos os portugueses tivessem essa mesma consciência e, amando o seu país e mostrando valores, o resgatassem dessa crise financeira.

Idealismo meu? Não. Apenas olho para o lado e vejo que, nas classificações da ONU sobre países com maior igualdade social, 7 dos 10 primeiros são monarquias e Portugal, em termos europeus, se encontra no fundo da tabela... isso leva-me a crer que algo vai bem nas monarquias e muito mal nesta república.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

100 anos de provas

Todos aprendemos na escola sobre as descobertas e sobre como Portugal foi grande e todos ouvimos a expressão ter saudades da "glória do passado". Mas esse passado aconteceu há pouco mais de 100 anos e, no entanto, as pessoas sentem-no como se fosse algo demasiado longínquo, algo que está fora das nossas mãos porque "agora é assim" e baixámos os braços. Será que não se perguntam porque é que agora é assim? ou porque é que tem de ser assim?

Porque é que os Portugueses deixaram de acreditar em si e a achar que "somos pequenos" quando já um dia provámos que conseguimos grandes feitos? Quem nos "baixou a cabeça"?


Sou monárquica desde que me lembro. Comecei por sê-lo, em adolescente, porque olhava para os países monárquicos e achava que funcionavam melhor. Olhava para o meu país e sentia as pessoas descrentes e saudosistas. Sou monárquica porque 100 anos de república me provaram que a república não funciona. Iniciando com uma primeira república, num clima de violência (iniciado com o regicídio e imposição da república) que num período de 16 anos possuiu 7 parlamentos, 8 presidentes da república e cerca de 50 governos (repito: em apenas 16 anos). Com a palavra democracia na boca do povo o presidente da república era, no entanto, eleito pelos deputados, ficando o povo de fora dessa eleição, estávamos já em ditadura apesar de só se falar disso como se ela tivesse começado depois de 1926 e durado 47 anos. Esta é a história da primeira parte da nossa república. 62 anos de falhanço! Faltam assim apenas 48 anos para descrever e, para quem acreditava que o 25 de Abril ia salvar a nossa democracia, a nossa liberdade, o nosso país, mais uma vez, este sistema veio provar que estavam errados. À ditadura seguiram-se 16 anos de uma quase anarquia, que colocaram no espírito do português aquela sensação do "não vale a pena" e do "para quê?". E, com o nosso espírito já lá em baixo, com os portugueses a deixarem que os abutres continuem a ser os soberanos do país, continuámos a afastar o país da Europa e dos países desenvolvidos, trazendo a insegurança e a instabilidade. E, apesar do índice de desenvolvimento humano da ONU dar os 2 primeiros lugares do pódio a 2 monarquias (Noruega e Austrália) e entre os 10 primeiros, 6 serem monarquias, as pessoas continuam a insistir em rotular os monárquicos portugueses de demagogistas, fantasiosos, sonhadores afirmando, como argumento contra a monarquia "não quero o poder numa só pessoa" revelando assim um total desconhecimento do que é uma monarquia constitucional democrática ou do que são todas as monarquias europeias e esquecendo que as tão faladas ditaduras do século XX (e mesmo XXI) aconteceram (e acontecem) dentro de repúblicas e não dentro de monarquias.

Ao perderem a monarquia os portugueses perderam o amor e orgulho por Portugal. De que nos podemos orgulhar hoje em dia fora um ou outro sucesso de portugueses isolados (a maior parte das vezes a desenvolver o seu trabalho no estrangeiro)? Que vitórias têm tido Portugal como país? Continuamos a concentrar-nos no futebol porque, o resto, deixou de nos interessar para rejubilo dos "soberanos" que assim continuam a viver de reforças vitalícias e a fazer-nos pagar campanhas desnecessárias. Tenho orgulho em ser portuguesa por aquilo que Portugal já foi e por aquilo que Portugal pode voltar a ser se os cidadãos deste país tomarem consciência do que, realmente, é esta república que se impôs ao nosso estado através da morte, do silêncio e da ditadura...


quarta-feira, 2 de junho de 2010

"Na alegria e na Tristeza"


Portugal perdeu-se. Perdeu a identidade e o amor por si.
Sinto alguma angústia quando olho para o meu país e o vejo desaparecer na amálgama da globalização. Já não temos os símbolos que nos fizeram "nós". Até a língua querem mudar para a "uniformizar" com as ex-colónias. Como se às ex-colónias pertencesse a fundação de uma língua que é nossa.

Perdemos o amor por nós e deixamo-nos levar sem resistência pelas mãos de quem nos mente, nos rouba e, por interesses próprios ou de partidos políticos vai destruindo, aos poucos este nosso cantinho que já foi um grande império.

Este blogue é a minha forma de me manter optimista, reivindicadora e com esperança. Preciso de ver Portugal para enfrentar e exigir o futuro do meu país. Aqui meto o resumo das minhas "visões".